domingo, 16 de março de 2014

Olá pessoal, a paz de Jesus e o amor de Maria!
Gostaria de abrir oficialmente a seção de testemunhos contando o meu testemunho. Lembrando que você poderá enviar também o seu para nós, para que outras pessoas se sintam tocadas e motivadas para mudar e buscar a Deus.

Nasci no dia 13 de maio de 1995, em São João Del Rei-MG. Depois disso, voltei para Lagoa Dourada-MG, cidade onde meus pais residiam e residem até hoje. A nossa vida sempre foi repleta de dificuldades. Quando nasci, minha mãe teve um problema de saúde, a depressão pós parto. Depois disso, veio uma consequência: o transtorno de bipolaridade, pela qual ela sofre até hoje. A minha primeira provação veio quando eu era ainda recém nascido. Soube dessa história há alguns meses pelo meu pai. Segundo ele, uma vez minha mãe estava me amamentando, e comecei a recusar leite, pois já estava satisfeito. Minha mãe ainda insistia, foi quando gorfei e sujei o chão do quarto. Em um ataque de fúria pelo acontecido, minha mãe simplesmente me esfregou no chão, limpando tudo. Ao ver a cena, meu pai correu e me pegou, se escondendo comigo no banheiro. O desfecho dessa parte não foi totalmente bom, mas dessa, fui salvo pelos meus pais, o do céu e o da terra.

Os anos se passaram e eu fui crescendo. Ingressei na escola. Mal sabia eu que seria vítima de bullying. Por eu ser muito gordinho e estar sempre me esforçando, posso ter despertado(até hoje não sei qual era o real motivo) a ira em um grupo de meninos. Da 3ª à 4ª série era regra: toda semana eu era pego depois da aula, no meu trajeto até minha casa. Era um grupo de 4 a 5, que me batiam até que eu não aguentasse mais apanhar. Não podia contar aos professores, aos meus pais, pois senão seria bem pior. O tempo passou, eu mudei, e eles também mudaram. Hoje, não tenho raiva deles, não tenho ódio ou mágoa. Somos amigos, não muito próximos, mas somos.

Outra parte que me marca demais é a questão de ter sofrido agressões por meio da minha mãe, devido ao problema dela. Eu não podia te ruma nota vermelha na escola, que ela me batia, com vara, cinto, ou mesmo com a mão e chinelo. Em um certo dia, me recordo que tive uma advertência oral na escola, e tive medo de voltar pra casa. Me escondi no cemitério da cidade, mas quando voltei pra casa, foi inevitável: mais uma vez ela estava pronta para me "castigar". Muitas vezes, meu irmão, 5 anos mais novo que eu, tentava apartar a situação, em vão, e é isso que me comove mais.

Mas, em um certo dia, minha vida começa realmente a passar por uma transformação com Deus. Fui convidado a participar de um Grupo de Oração, que foi o meu encontro verdadeiro com Deus. Depois disso, as provações não acabaram, mas as coisas boas começaram a aparecer. A primeira, foi a minha primeira eucaristia.

Fui convidado por um grupo de colegas, para ser membro de uma banda. Não tinha bateria, não sabia tocar bateria, mas aceitei o convite. A partir daí, descobri o dom que Deus tinha me dado. Meus pais nunca me deram uma bateria, pois a situação financeira não permitia. Sempre toquei na bateria de amigos, que me incentivavam. Alguns até duvidavam de mim, mas dei a volta por cima e, sem aulas de bateria, comecei a tocar o instrumento. Consegui entrar para a banda, e depois de 6 meses de vivência no Grupo de Oração, fui convidado também a ser músico do mesmo. Ao final do mesmo ano, recebi mais um presente de Deus: o meu sacramento da confirmação, a Crisma.

Mas eu sentia que algo me faltava, foi eu já estava na adolescência e sentia uma vontade de algo a mais. Sempre tive a vontade de ter uma namorada, de me relacionar com outra pessoa. Além de ser tímido, outro problema me atrapalhava: o meu
prognatismo, uma deformidade no rosto provocada por uma diferença entre o crescimento do maxilar e da mandíbula. Resumindo: queixo grande. Mas colocava em oração, e em uma oportunidade, Deus me colocou uma pessoa no caminho. Comecei a observar que todos os domingos ela estava na missa, acompanhada dos pais dela. Nunca tive a coragem para chegar perto dela e começar a conversar e ao menos, perguntar o nome dela. Em um evento diocesano, acontecido na minha cidade, essa história mudou. O pregador fazia uma pregação, e em certo momento, ela escolheu uma pessoa, para perguntar o que achava da juventude que busca a Deus. Incrivelmente, a pessoa escolhida era também a minha escolhida, aquela com a qual eu vinha sonhando. Nesse dia eu estava como músico do evento. Ele perguntou o nome dela,e eu mais que depressa, anotei. Procurei no facebook, adicionei e ela me aceitou. Descobri também que estudávamos na mesma escola. Começamos a conversar, convidei-a juntamente com seus pais para o nosso GO. Aceitaram, e o nosso contato foi crescendo, nosso sentimento também. Os pais dela chegaram a proibir no começo, mas em um certo dia, em um encontro, eles aceitaram o nosso namoro. Uma das conquistas que eu mais agradeço a Deus em minha vida, pois ela é o meu sonho em realidade.

Conclui meu ensino fundamental, que minha mãe tanto duvidava que que pudesse conseguir. Venci meus medos e também, a falta de incentivo dela. Outras propostas para bandas vieram, assim como outros vários convites da minha paróquia. E o namoro? Muito bem, obrigado...

Depois de concluir meu ensino médio, com muita luta, ingressei no ensino técnico, à qual optei pela área da saúde , justamente pelo fato de gostar de ajudar as pessoas. Fui eleito coordenador da RCC da minha cidade, e fui chamado também a ser pregador. Fui um dos fundadores, e hoje sou coordenador também, da Pastoral da Comunicação. Além desses movimentos, integro também a Pastoral Familiar e a Pastoral da Liturgia. Fui convidado á participar da JUFRA(Juventude Franciscana). Aceitei. Hoje não estou tão ativo por algumas dificuldades, mas tento permanecer firme em todos os movimentos. Agora, estou caminhando para mais um: o EMAUS. Mas o que venho agradecido a Deus é justamente por ser um dos artiguistas desse blog e fazer parte Geração Nam.Orar.

Mas, para encerrar esse testemunho, deixo aqui o meu segredo:
Minha família não é 100%, assim como eu também não sou, mas sempre busquei a Deus, sempre clamei a Deus, sempre estive em Deus. Por mais que hoje eu sofra por algumas coisas que fiz por fugir dEle, eu sempre acreditei que minha vida poderia ser mudada quando eu o aceitasse em minha vida.

A mensagem que eu deixo pra você é que, muitas vezes, você passará por provações, mas sempre as superará também por meio da oração e da espera. Acredite e clame a Deus. Já pensei em suicídio por três vezes, e em todas as três, Deus me deu sinais de que eu não devia fazer aquilo, pois Ele tinha propósitos para mim, que se cumpriram. A vida não é fácil para ninguém, mas sempre, SEMPRE, esteja na presença de Deus. Seja firme, forte e fiel! Ele te recompensará...

Espero que tenham gostado do meu testemunho. Obrigado pela oportunidade e pelos minutos de atenção. Que Deus os abençoe, os ilumine e os guarde sempre, e que Jesus e Maria interceda por todos vocês!


Grande abraço, Edinho Vieira.

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